[lbo-talk] Brazil: the World Champion of Crimes against Homosexuals

Yoshie Furuhashi critical.montages at gmail.com
Sat Dec 23 08:27:05 PST 2006


According to Luiz Mott, President of the Grupo Gay da Bahia and Professor of Anthropology at the Universidade Federal da Bahia, "Every two days a homosexual is murdered in Brazil." -- Yoshie

<blockquote>IV. BRASIL É CAMPEÃO MUNDIAL DE CRIMES CONTRA HOMOSSEXUAIS Janaina Fidalgo [Fonte: Folha Online, 27-6-2001]

O Brasil tem um triste recorde: é o campeão mundial de crimes contra homossexuais. A informação é do Grupo Gay da Bahia, que coleta informações, pois não há medições precisas sobre morte de homossexuais no mundo, apenas estudos.

Em 2000, 130 gays foram assassinados no país. As estatísticas mostram que nos Estados Unidos, que têm cerca de 250 milhões de habitantes -80 milhões a mais do que o Brasil-, cem pessoas são mortas por este motivo. "A cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil", disse Luiz Mott, 55, presidente do Grupo Gay da Bahia e professor de antropologia da Universidade Federal da Bahia. Há 20 anos, o grupo coleta estatísticas sobre os crimes contra homossexuais. Os dados fazem parte de um clipping (coletânea de notícias publicadas na mídia) e de informações passadas por grupos gays de alguns Estados do Brasil e por entidades de direitos humanos do país. "Isso compete a nós porque não existem no Brasil estatísticas oficiais sobre crimes de ódio. Não há vontade política para contabilizar crimes raciais, contra a mulher e contra os homossexuais", disse Mott. O chamado crime de ódio -intolerância contra minorias raciais, sexuais, físicas, religiosas ou políticas- caracteriza-se por insulto, destruição do patrimônio, agressão física e assassinato, praticados com requintes de crueldade, como tortura, uso de múltiplos instrumentos e muitos golpes. "Trabalhamos em causas de discriminação sexual. Registramos a queixa e encaminhamos para que seja julgada", disse Cleyton Chaves, advogado do Grupo Gay da Bahia, que recebe por volta de sete queixas por mês. Com tanto preconceito e ódio rondando as minorias, Mott acredita na educação sexual, em punições mais rigorosas e na conscientização como forma de mudar esse quadro e tirar o Brasil da primeira posição no ranking de crimes contra os homossexuais. "A longo alcance, a educação sexual pode ensinar as pessoas a respeitar minorias sexuais, e a justiça deveria ser mais severa na apuração e punição. A conscientização da comunidade homossexual também é importante. As situações de risco devem ser evitadas e as agressões, denunciadas", afirmou Chaves. O atendimento a homossexuais nas delegacias da mulher seria uma alternativa para aumentar o número de denúncias contra a agressão. Em Sergipe, o atendimento a este público é obrigatório. "Não temos delegacia especial. Queríamos que a delegacia da mulher abrisse o atendimento para todos os discriminados", disse o advogado. Eventos como a "Parada do Orgulho Gay", que ocorreu no último final de semana em São Paulo, são, na opinião de Mott, uma oportunidade para que a maioria das pessoas se familiarize com a diversidade sexual, aprendendo a desfazer preconceitos por meio da convivência.

"Uma pequena parcela torna-se mais intolerante porque algumas cenas incomodam. Mas as paradas funcionam como uma espécie de baile de debutantes para as pessoas que, pela primeira vez, têm orgulho de estar na multidão", afirmou.</blockquote>

REFERENCE:

The article above is found on page 9 of the annex of O crime anti-homessexual no Brasil, published by the Grupo Gay da Bahia - GGB.

<tp://www.ggb.org.br/crime.html> DIREITOS HUMANOS

O crime anti-homessexual no Brasil Luiz Mott, Marcelo Cerqueira, Cláudio Almeida

Este livro tornou-se realidade graças à colaboração de inúmeros correspondentes do GGB que nos enviaram recortes de jornal e notícias pela internet sobre assassinatos e violação dos direitos humanos de gays, transgêneros e lésbicas. Em nome de todas as vítimas, seus familiares e do movimento de liberação homossexual, a todos, nossa eterna gratidão!

Solicitamos encarecidamente a você leitor/a que ao ter conhecimento de qualquer discriminação ou crime contra homossexuais, nos envie o recorte da notícia com informação completa. Muitas vezes, nas matérias sobre homicídios de gays, não vem citado expressamente que a vítima era homossexual, mas que "costumava receber rapazes em casa." Homens solteiros, com profissões específicas (cabeleireiros, decoradores, cozinheiros, etc) encontrados mortos em seus apartamentos, geralmente nus e com sinais de tortura ou vítimas de crime violento, com muitos golpes, etc, em tais casos, muitas vezes, se trata de um gay. Se tiver dúvida, confira outros jornais com a mesma notícia ou tente conversar com algum vizinho ou amigo da vítima, pois poderá encontrar a confirmação que se tratava mesmo de um praticante do "amor que não ousa dizer o nome". Contamos com sua colaboração!

Se quiser receber o Manual de Coleta de Informação, Sistematização e Mobilização Política contra Crimes Homofóbicos, solicite à nossa caixa postal ou e-mail do GGB - ggb at ggb.org.br .

Versão para download:

- Apresentação Em Word <http://www.ggb.org.br/ftp/apresentacao.rtf> Compactado <http://www.ggb.org.br/ftp/apresentacao.zip> - Homossexuais assassinados no Brasil: 2001 Em Word <http://www.ggb.org.br/ftp/artigo1.rtf> Compactado <http://www.ggb.org.br/ftp/artigo1.zip> - Crimes de ódio contra homossexuais no Brasil Em Word <http://www.ggb.org.br/ftp/artigo2.rtf> Compactado <http://www.ggb.org.br/ftp/artigo2.zip> - Violação dos Direitos Humanos dos gays, travestis, transexuais e lésbicas no Brasil: 2001 Em Word <http://www.ggb.org.br/ftp/artigo3.rtf> Compactado <http://www.ggb.org.br/ftp/artigo3.zip> - Anexos Em Word <http://www.ggb.org.br/ftp/anexos.rtf> Compactado <http://www.ggb.org.br/ftp/anexos.zip> -- Yoshie <http://montages.blogspot.com/> <http://mrzine.org> <http://monthlyreview.org/>



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